Após dez encontros na Fundação FEAC com o compartilhamento de conhecimento, reflexões e discussões sobre convivência ética na escola, chega ao fim nesta quinta-feira, dia 19 de maio, a série de Encontros de Formação do eixo Gestão de Pessoas e Processos do projeto FEAC na Escola.

Com o objetivo de trabalhar com os conteúdos relacionados a uma convivência na escola mais respeitosa, justa e solidária, os Encontros de Formação foram destinados a gestores e professores mediadores das escolas que participam do FEAC na Escola e comandados pela pedagoga Adriana Ramos desde 2015.

Mais focados na teoria, as formações que ocorreram no ano passado traçaram um perfil de formação para os diretores e professores mediadores. “O objetivo dos primeiros encontros foi discutir a questão do desenvolvimento, desde como se constrói uma personalidade ética, como os alunos compreendem as regras, como resolvem conflitos e o impacto disso tudo nas relações dentro da escola. Assim, nossa meta foi formar a equipe gestora e os mediadores de conflitos para que eles compreendessem a complexidade desse desenvolvimento e qual a influência que a escola tem para favorecer o desenvolvimento de uma autonomia ética”, explicou a especialista.

Já em 2016, o foco das formações foi nas práticas sobre convivência ética. “Trabalhamos com os profissionais o que a escola de fato pode fazer para que a convivência seja ética, desde o trabalho com o auto – conhecimento, conhecimento de grupo. Hoje especificamente a discussão é como a escola pode construir seus valores e como elaborar um Plano de Convivência Ética”, afirmou Adriana Ramos.

Durante o último Encontro, a formadora apresentou sugestões de como organizar e criar as ações do Plano de Convivência Ética a partir de vivências e trabalhos de pesquisas feitas com alunos. Segundo ela, o autoritarismo não combina com a formação dos valores dos alunos. E a discussão do convívio ético tem resultados muito positivos. “As aulas de convivência despertam alunos mais questionadores e contribuem para que haja um bom clima escolar”, disse.

Planejamento

Após todo o conhecimento exposto durante os Encontros de Formação do FEAC na Escola, os educadores das escolas estaduais que participam do Projeto já se articulam para definir e aplicar ações de convivência ética nas unidades.

“Agora o desafio é transferir esse conteúdo do que é discutido nos encontros e fazer a ponte com o cotidiano na escola, identificando em que situações as ações se encaixam e com quais professores é possível trabalhar. A partir disso, começa a faísca da mudança para que haja a transformação”, avaliou a assessora técnica do FEAC na Escola, Carolina de Oliveira Beltramini.

Membros da equipe pedagógica da EE Rosentina Faria Syllos, já começam a se articular para implementar na escola um projeto de tutoria para os professores sobre a convivência ética, para que posteriormente, eles trabalhem o assunto com os alunos.

“Os encontros foram enriquecedores porque trouxeram uma nova visão que dentro da escola geralmente não é discutida. Acredito que o professor mais compreensivo e solidário ajude a criança a aprender mais. Para isso, o professor tem que mudar a postura e atitude, pois os tempos são outros, os alunos mudaram, a escola é outra. O docente tem que respeitar e incentivar o aluno a crescer”, avaliou a professora de educação física, Laura Monteiro Lago.

Na opinião de Adriana Ramos, uma das principais percepções ao longo dos Encontros de Formação foi a mudança de visão dos educadores que participaram das formações em relação aos problemas relacionados com questões éticas na escola. “Pensar a convivência ética na escola envolve não só alunos e familiares, mas toda a comunidade escolar”, concluiu.

No dia 25 de maio acontece o último Encontro de Formação do eixo Ensino e Aprendizagem, que será ministrado pela pedagoga Flávia Vivaldi.